Uma solitária, o guincho-da-rainha ou águia-cobreira tem imunidade absoluta contra o veneno das serpentes, Ela ingere não só cobras como também víboras que representam o essencial do seu regime alimentar. A águia cobreira captura serpentes pertencentes a várias espécies (cobras de colar verde e amarela, áspides etc). Além de serpentes o guincho alimenta-se igualmente de lagartos e de aguinhas.
sábado, 28 de outubro de 2017
domingo, 22 de outubro de 2017
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
DESPEDAÇAR OU LACERAR
http://www.iranstyle.ir/wp-content/uploads/2014/02/article-0-1B6A70DA00000578-787_964x861.jpg Acesso em 19/10/2017 às 20:39hs. |
ÁGUIA
[hebr.: né·sher; aramaico: neshár; gr.: a·e·tós].
Grande ave de rapina. Alguns
acreditam que o nome hebraico derive de uma raiz que significa
“despedaçar ou lacerar”. Outros o consideram onomatopéico (isto é, um
nome cujo próprio som sugere a que se refere) e crêem que né·sher representa
um “som de arremetida”, ou “lampejo”, portanto, uma ave que mergulha à
cata de sua presa, arremessando-se para baixo com um som de arremetida e
como um lampejo através do ar. Em qualquer caso, o termo hebraico
descreve bem a águia, cujo mergulho relâmpago de grandes alturas provoca
um som plangente, à medida que o ar passa por suas estendidas rêmiges
(as penas mais externas das asas). Sendo ave de rapina e bebedora de
sangue (Jó 39:27, 30), a águia foi incluída entre as aves alistadas como “impuras” pela Lei mosaica. — Le 11:13; De 14:12.
Variedades Palestinas. Dentre as águias que hoje são encontradas em Israel acham-se a águia-imperial (Aquila heliaca), a águia-real ou águia-dourada (Aquila chrysaëtos) e a águia-cobreira (Circaëtus gallicus).
A águia-real, também conhecida como águia-dourada porque possui um
brilho dourado na cabeça e nuca, é uma impressionante ave
castanho-escura que tem cerca de 1 m de comprimento, com uma envergadura
de cerca de 2 m. As águias possuem, caracteristicamente, a cabeça um
tanto ampla, com uma saliência sobre os olhos; um bico curto, forte e
adunco; pernas vigorosas; e garras afiadas e fortes.
‘Carregados sobre asas de águias’ — que base há para tal linguagem figurada?
A região do Sinai é chamada de
“território das águias”, em que tais aves ascendem e planam com suas
asas fortes e amplas. Assim, os israelitas libertos, reunidos junto ao
monte Sinai, podiam bem avaliar quão apropriado era o quadro pictórico
transmitido pelas palavras de Deus, de que Ele os conduzira para fora do
Egito “sobre asas de águias”. (Êx 19:4; compare isso com Re 12:14.)
Cerca de 40 anos depois, Moisés podia comparar o modo em que Jeová
guiou Israel através do deserto ao modo da águia que “remexe seu ninho,
paira sobre os seus filhotes, estende as suas asas, toma-os, carrega-os
nas suas plumas”. (De 32:9-12)
Quando chega o tempo para as aguiazinhas começarem a voar, papai ou
mamãe-águia remexe neles, agitando e batendo as suas próprias asas para
transmitir a idéia a seus filhotes, e então os empurra ou atrai para
fora do ninho, para experimentarem suas asas.
Embora alguns tenham duvidado de que a
águia alguma vez realmente carregue seu filhote nas costas, Sir W. B.
Thomas relata a respeito de um guia na Escócia, que testemunhou, quanto à
águia-real, ou águia-dourada, que “as aves genitoras, depois de
incitar, e, às vezes, de empurrar o filhote para o ar, colocam-se, numa
arremetida, embaixo dele, e repousam o filhote, por um momento, em suas
asas e costas”. (The Yeoman’s England [A Inglaterra do Pequeno Fazendeiro], Londres, 1934, p. 135) Um observador nos Estados Unidos é citado no Bulletin do
Instituto Smithsoniano (1937, N.° 167, p. 302) como dizendo: “A mãe
partia do ninho nos penhascos, e, manejando com aspereza o filhote,
deixava-o cair, diria eu, cerca de noventa pés [27 m]; então, ela
arremetia por baixo dele, com asas estendidas, e ele pousava nas costas
dela. Ela subia para o alto da cordilheira com ele e repetia esse
processo. . . . Meu pai e eu ficamos observando isso, fascinados, por
mais de uma hora.” G. R. Driver, comentando tais declarações, afirma: “A
figura [em Deuteronômio 32:11] não é, então, mero vôo da imaginação, mas se baseia em fatos reais.” — Palestine Exploration Quarterly (Revista Trimestral Sobre Exploração da Palestina), Londres, 1958 pp. 56, 57.
Ninho Elevado e Acuidade Visual. Os hábitos de nidificação da águia são sublinhados nas perguntas que Deus fez a Jó, em Jó 39:27-30.
O ninho pode situar-se numa árvore alta, ou numa saliência dum penhasco
ou despenhadeiro rochoso. Com o passar dos anos, o ninho pode aumentar
para ter até 2 m de altura, sendo que o ninho de algumas águias chega a
pesar uma tonelada! A aparente segurança e inacessibilidade do ninho da
águia também foram usadas figuradamente pelos profetas nas suas
mensagens contra o elevado reino de Edom, nas montanhas escarpadas do
Arabá. — Je 49:16; Ob 3, 4.
A acuidade visual da águia, mencionada em Jó 39:29, é confirmada por Rutherford Platt no seu livro The River of Life (O
Rio da Vida, 1956, pp. 215, 216), que também mostra a forma incomum em
que foi projetado o olho da águia, atestando a sabedoria do Criador. O
livro diz:
“Encontramos os olhos campeões
entre todo o reino animal . . . [nos] olhos da águia, do abutre e do
gavião. São tão aguçados que podem olhar para baixo, da altura de uns
mil pés [300 m] no ar, e avistar um coelho ou um galo silvestre meio
escondido no capim.
“A vista aguçada do olho caçador é
causada pelo reflexo do objeto que cai sobre um denso grupo de células
pontudas, e em forma de cone. Este pequeníssimo ponto na parte de trás
do globo ocular absorve os raios de luz do objeto através de milhares de
pontos, dum modo especial que concentra na mente uma imagem nítida.
Para quase todos os caçadores, tais como o cangambá, o puma e nós
mesmos, um único ponto de cones é suficiente; olhamos diretamente para a
frente e aproximamo-nos frontalmente do objeto que contemplamos. Mas
isso não se dá com a águia, nem com o gavião, os quais, fitando o coelho
no meio do capim com os seus aguçados cones focalizadores, pode então
aproximar-se mediante uma longa descida oblíqua. Isto faz com que a
imagem do objeto atravesse a parte de trás do globo ocular numa
trajetória curva. Tal trajetória é traçada com precisão para o olho da
águia, de modo que, ao invés de um grupo de cones, a ave ao mergulhar
tem uma trajetória curva de cones. Ao passo que a águia mergulha
velozmente, o coelho no capim é assim mantido em constante foco.” — Veja
Je 49:22.
Habilidades de vôo. A rapidez da águia é destacada em muitos textos. (2Sa 1:23; Je 4:13; La 4:19; Hab 1:8)
Há relatos de águias que ultrapassaram a velocidade de 130 km por hora.
Salomão avisou que a riqueza ‘faz para si asas’ como as da águia que
sobe para o céu (Pr 23:4, 5), ao passo que Jó lamentava a rapidez da passagem da vida, comparando-a com a velocidade duma águia em busca de presa. (Jó 9:25, 26)
Todavia, aqueles que confiam em Jeová adquirem poder para ir avante,
como se subissem sobre as asas aparentemente incansáveis da águia em seu
vôo ascendente. — Is 40:31.
Os cientistas modernos ficam admirados com “o caminho da águia nos céus”, como ficou o escritor de Provérbios 30:19.
Clarence D. Cone Jr. relata a maneira em que a observação do majestoso
vôo ascendente, e quase sem esforço, das águias, dos gaviões e dos
abutres “tem ajudado a abrir o caminho para a descoberta dum mecanismo
fundamental da meteorologia”. Ele mostra o modo em que tais grandes aves
utilizam plenamente a energia dinâmica das grandes “bolhas” de ar
aquecido que flutuam do solo para o alto, devido ao calor do sol, bem
como o modo em que as pontas “fendidas” das asas da águia são de tal
modo projetadas aerodinamicamente, que eliminam a resistência do ar na
asa. — Scientific American, abril de 1962, pp. 131, 138.
Uso Figurado. Esta
poderosa ave de rapina era um símbolo freqüentemente usado pelos
profetas, a fim de representar as forças bélicas das nações inimigas em
seus ataques súbitos, e não raro, inesperados. (De 28:49-51; Je 48:40; 49:22; Os 8:1) Os governantes babilônicos e egípcios foram caracterizados como águias. (Ez 17:3, 7)
É notável que a figura da águia era usada regularmente em cetros,
insígnias e estelas reais de muitas nações antigas, inclusive a Assíria,
a Pérsia e Roma, assim como tem sido usada nos tempos modernos pela
Alemanha, pelos Estados Unidos e por outras.
Alguns têm questionado o uso da palavra “águias” em Mateus 24:28 e Lucas 17:37,
sustentando que os textos têm de referir-se antes a abutres, ajuntados
em torno dum cadáver. No entanto, embora a águia não seja primariamente
necrófaga, como o abutre, às vezes ela se alimenta de tais cadáveres. (Palestine Exploration Quarterly, 1955,
p. 9) Assim também a águia, embora seja usualmente uma caçadora
solitária, diferente do gregário abutre, sabe-se que ocasionalmente caça
em pares, e o livro The Animal Kingdom (O Reino Animal,
Vol. II, p. 965) relata um caso em que “diversas delas lançaram um
ataque em massa contra uma antilocapra”. (Editado por F. Drimmer, 1954.)
A acima mencionada profecia de Jesus foi proferida em conexão com a sua
prometida “presença”. Portanto, não se aplicaria apenas à desolação da
nação judaica, em 70 EC, pelos exércitos romanos, que tinham estandartes
adornados com figuras de águias.
Águias são usadas em Revelação
(Apocalipse) para representar criaturas que servem o trono de Deus e
anunciam mensagens de julgamento da parte de Deus aos que estão na
terra, sem dúvida, para indicar rapidez e acuidade visual. — Re 4:7; 8:13; veja Ez 1:10; 10:14.
Outro texto que muitos peritos consideram como aplicando-se ao abutre, em vez de à águia, é Miquéias 1:16,
que fala de Israel figuradamente ‘alargar sua calvície como a da
águia’. A cabeça da águia é bem provida de penas; mesmo a águia-calva,
da América do Norte, só é chamada de “calva” porque as penas brancas da
sua cabeça lhe dão a aparência de calvície, vista à distância. O grifo
ou abutre-fouveiro (Gyps fulvus), que ainda pode ser visto em
Israel, possui apenas uma penugem branca, macia, na cabeça, e seu
pescoço só tem penas esparsas. Caso o texto se aplique a ele, isto
indicaria que a palavra hebraica né·sher possui uma
aplicação mais ampla do que apenas à águia. Pode-se notar que o grifo ou
abutre-fouveiro, embora não seja classificado pelos ornitólogos como da
mesma “espécie” ou “gênero” da águia, é contado como da mesma “família”
(Acipitrídeos). Alguns, contudo, crêem que Miquéias 1:16
se refere à muda de penas que a águia sofre, embora se diga que este é
um processo bem gradual e um tanto inconspícuo. Este processo de muda,
trazendo certa redução da atividade e força, e sendo seguido por uma
renovação da vida normal, talvez seja o que o salmista tinha presente ao
dizer que a juventude da pessoa ‘se renova como a duma águia’. (Sal 103:5) Outros vêem nisto uma referência à vida relativamente longa da águia, sabendo-se de algumas que atingiram os 80 anos.
O nome Áquila (At 18:2) é a palavra latina para águia.
https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200001235 Acesso em 19/102017 às 20:32hs.
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